Caro
candidato,
Vartan
iniciou sua carreira de eleitor em 1993. Na época, votou a favor do
parlamentarismo. Não teve sorte. Deu presidencialismo.
Em
outro plebiscito, votou pelo desarmamento. Perdeu o duelo.
Em
2002, acreditou que Lula e o PT representariam uma nova ética no jogo político.
Ganhou, mas perdeu.
Em
2006, votou no Cristóvão Buarque. Experimentou a mesma sensação que o torcedor
do América tem para ver o time campeão.
Em
2010, Marina Silva. E o voto sustentável teve que se reciclar.
Com
a palavra, o Eleitor
Portanto,
caro candidato, se quiser realmente ser eleito, faça exatamente o contrário do
que eu penso. Sou um pé-frio do cacete!
Abuse
dessas bandeirinhas com o número do partido que atrapalham a visão do
motorista.
Não
esqueça das carreatas. São uma ótima ideia para causar engarrafamento. Assim
você poderá mostrar, com toda razão, que o trânsito é um dos grandes problemas da sua cidade.
O
jingle é uma coisa formidável. Conheço muitos eleitores que se decidiram por um
candidato por causa do jingle. Detalhe: tem que tocar bem alto. Caso contrário,
seu concorrente pode abafar o som do seu carro, que será mais um na rua,
emitindo CO2 e causando o já mencionado engarrafamento. Poluição também é um
grande problema urbano. Cite isso.
E
o principal, não esqueça da boca de urna. R$50,00 por cabo eleitoral podem
garantir sua eleição. Vamos provar que nem todo candidato é igual. Tem uns que
pagam um pouquinho melhor.
Boa!! Valeu Vartan!
ResponderExcluirValeu, Fernando!!!! Abração
ExcluirSua bela crônica me fez pensar o seguinte: se nós todos sempre dizemos que os candidatos que votamos perdem, quem então vota nos que ganharam????
ResponderExcluirTexto com a tua chancela, parceiro. Principalmente a primeira parte.
Abs, Vini.
Camarada Vini, tenho a desconfiança de que quem vota nos que ganham são os mesmo que acham os guarda-chuvas perdidos.
ResponderExcluirObrigado pelo elogio.
Abração!