quarta-feira, 21 de outubro de 2015

De Volta para o Futuro com a Playboy

De todas as previsões erradas para o dia 21 de outubro de 2015 do filme De Volta Para o Futuro, nada foi mais brochante do que não nos prevenir que a Internet causaria o fim dos “nudes” da Revista Playboy. Talvez pudéssemos lutar contra as desgraças que a tecnologia provoca.

Digo isso, porque já namorei uma capa da Playboy. Literalmente. Aliás, uma não. Algumas. Todos nós adolescentes, nas décadas de 80 e 90, namorávamos a revista. Alguns a traíam com a Sexy ou com a Ele e Ela, mas era só uma aventura. O relacionamento sério mesmo era com a Palyboy.

Esperávamos ela chegar à banca de jornal, sua casa. Cada mês, ela aparecia diferente. Às vezes, descabelada como Cláudia Ohana, em outras,  cheia de graça como Helô Pinheiro. E já teve dia que, apesar de chegar soltando foguetes como a Rosemary, foi um período meio sem graça, como em qualquer namoro. 

Nossa maior dificuldade era lidar com o jornaleiro, o pai de todas elas. Alguns eram sogrões bacanas. Outros achavam um absurdo entregar a filha para quem ia comprar a revista contando moedinhas.

Um dia, elas sumiram de repente, sem dar satisfação. Sofri como qualquer adolescente que termina um namoro. Anos depois, descobri que minha mãe havia enterrado, cremado ou extraditado as revistas. Superei o trauma, perdoei a coroa e estava indo bem. Até que... Recebo a notícia do fim do páginas de nu. Foi como saber que aquela namorada que você teve na adolescência morreu. Você  não sentia mais nada por ela. Mas a notícia mexe com a gente.

Agora a única esperança é que Dr. Brown e Marty McFly apareçam hoje com alguns exemplares da década de 80. E se trouxerem a da Vanusa Spindler, será um final perfeito.