Com o itinerário militar,
quartel-Brasília-quartel, darei meia volta volver nos meus temas. Passarei a
falar mais sobre futebol. Sou um ser prudente.
Contundido por uma bolada de papel, Serra foi vetado para a partida. Mas apareceu para dar o pontapé inicial |
Imaginei uma grande partida
no Maracanã, que como todos sabem é da Odebrecht (e de um pouquinho do Eike
também).
O homem de preto é Gilmar
Mendes. É um juiz lento, burocrático, mas parceirão dos jogadores. De alguns,
mais ainda. Ele apita o início da partida. O ensaboado Aécio divide uma bola e
“FALTA!!” para o Aécio. A torcida vibra:
- AHHH - É C-I-O.
Ele novamente recebe a bola
e... Tropeça sozinho. “FALTA!!”.
Aécio espirra. “FALTA!!”.
Uma espécie de Eurico
Miranda genérico, o cartola Jairzinho Bolsonaro não se aguenta. Invade o campo.
Xinga o juiz. A mãe do juiz. Fala que futebol não é jogo pra mulherzinha. Se
não quebrar ou torturar o adversário, “NÃO-É-FALTA!”.
- Juiz ladrão tem que ser
fuzilado!
A violenta torcida
organizada aplaude e grita "Uh! Vai Morrer”.
Dilmão pedala mal e perde o gol. |
Enquanto isso, um jogador de
origem humilde, língua presa e linguagem popular (queria estar falando do
Romário, mas o nome dele é Lula mesmo), avança pela esquerda. Na verdade, pela
direita também, dependendo do ângulo. Ah, enfim, avança pelo centro, vai. Ele
faz umas firulas e entrega a bola para a centroavante Dilmão, que pedala na
frente do goleiro e... Fuuuura a bola.
Jogada tão ruim que o
bandeirinha Dudu Cunha marca impedimento pelo conjunto da obra.
O técnico Temer resolve
ousar. Aqui cabe uma explicação: Temer é o típico técnico de futebol. Tem
esquemas com empresários pra escalar jogador, monta mal o time, fala bonito nas
entrevistas, mas só faz merda. E dessa vez, ele quis dar um golpe de mestre. Resolveu
que ele mesmo seria o substituto de Dilmão no ataque.
No camarote vip, uma bela e
recatada torcedora grita sozinha:
- Lindo, tesão bonito,
gostosão!
Um minuto de silêncio
constrangedor no Maracanã.
Temer enrolar-se-ia sozinho
com suas pernas. E o gandula Rodrigo Maia tentava colocar o mais rápido
possível pra jogo todas as bolas fora de Temer. No fim, já estava com aquela cara
de choro de tão casando. Coitado.
Aécio pode ser julgado por fugir do antidoping. |
O jogo vira uma zona. Perdendo
mais uma vez, Aécio abandona a partida no meio, sem fazer sequer o antidoping.
Saiu vaiado até pela Janaína, chefe da sua torcida. A arquibancada inteira
briga. Um bandeirão vermelho é queimado, uma camisa da CBF novinha é rasgada. Um
pecado (custa caro pra cacete). Sanduíches de mortadela são arremessados. Panelas
voam e somem no ar.
Mas o que importa é que a
bilheteria é um enorme sucesso. Ingresso caro e muito fanatismo trazem renda
recorde pra o Maracanã da Odebrecht e de um pouquinho do Eike também. Fato
exaltado com muita vibração pela grande mídia:
- É rrrrrecorde!!!! É
rrrrecorde!
E assim a transmissão se encerra com a
narração do rei do microfone, ele, Joesley Batista.
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