segunda-feira, 19 de março de 2012

Sobre reis e rainhas


Desde a idade média, queria escrever sobre isso. A última oportunidade que tive foi o casamento do Príncipe William, mas achei melhor me conter. Sei lá, minhas palavras poderiam estragar o clima da festa. E a noiva estava linda.

Tive outra chance no início de mês, quando o Príncipe Harry veio passar alguns dias aqui no Brasil. Só que esperei ele ir embora e dar um tempinho, claro.  Vai que ele se irritasse e os britânicos voltassem com aquela mania de colonizar tudo que veem pela frente. Não pegaria bem para o Brasil ser anexado pelas Malvinas. Seria uma vitória argentina! Imagine o comentário na vizinhança. Bem mais prudente falar só agora. Então vai:

Sempre achei meio cafona, fora de moda, fora de modernismo, esse negócio de rei, rainha, príncipe, princesa, bobo da corte... Que resquício medieval no meio de século 21!

Quer dizer que o homem estuda a teoria evolucionista, vai à lua, inventa o Iphone, o capuccino diet e ainda continua aceitando a tese do “direito divino dos reis”? Porque só isso explica a existência ainda da Família Real. Sem falar nos rios de dinheiro que são derramados nas solenidades meramente simbólicas.

O que mais me espanta é a burguesia, que adora uma graninha, se encantar tanto com as decorações e condecorações reais. Pô, eles fizeram uma revolução, venceram e ainda reverenciam o derrotado em qualquer lugar do mundo. Acho que é até possível escutar: “Meu reino e, talvez... TALVEZ!, meu banco por uma coroa”

Alguns tentam justificar dizendo que isso é turismo. Que traz muito dinheiro (Ah, burguesia não tem mesmo a menor poesia). Concordo que Palácio de Buckinghan deva ser visitado pelos turistas. Ali reside grande parte da história do Reino Unido. Agora, transformar uma família em atração é algo meio big brotherístico. E o pior: sem a apresentação do Bial e nem o direito de expulsar ninguém da casa. Por todo sempre.

Mas, de repente, eu estou errado e meio mundo está certo. A Família Real deve ter mesmo algum poder divino concedido. Daí a tamanha fascinação que desperta. Deus salve a Rainha. E o príncipe Harry também. Porque o rapaz, convenhamos, é uma simpatia!

Depois desse elogio, acho que mereço um título de Sir.

Ass: Vartan de Orleans e Bragança 



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