sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Fênix está na moda

Não sei se vocês repararam, mas de uns tempos pra cá, o mundo vive um período de ressurgimento. Menos a minha inspiração que não consegue encontrar uma maneira menos cretina de começar o texto. Bem, torço para que ela também acompanhe os novos tempos e ressurja nas próximas linhas. Que a sorte esteja comigo. Aos leitores de fé, segue a redação.

O fato mais emblemático desse período se chama Rubinho Barrichello. No meu texto, ele aparece sim em primeiro (embora um parágrafo já o tenha ultrapassado, mas não vamos levar isso em conta, ok?). Ele é o melhor exemplo de que o tempo premia aquele que corre atrás (sem gracinhas, por favor. Vocês entenderam o que eu quis dizer).

No início do ano, Rubinho ainda entregava currículo e todos apostavam que ele ficaria a pé. Meses depois, o panorama é outro:
1º - Ele está em uma das melhores equipes da fórmula 1. Equipe essa que por pouco não participa da temporada. Surgiu aos 45 do segundo tempo das cinzas da Honda;

2º - Pela primeira vez na carreira, Rubinho tem a chance real de vencer um campeonato.

Para completar a situação simbólica, seu principal oponente é o outro piloto do time, Jenson Button, também dado como aposentado. Ou seja, as circunstâncias são perfeitas para assistir a uma corrida dos carros da Brawn GP e soltar o comentário candidato a piada: “Eles fizeram a melhor volta dos que não foram”. Não sei como Galvão Bueno ainda se conteve. Por incrível que pareça, talvez ele tenha um senso crítico melhor do que o meu.

No futebol, não vou falar de Ronaldo, pois aí seria “A volta dos que não foram nº 132”. Mas e o Petkovic, hein? Quem esperava que ele fosse jogar o que está jogando? Não, não vale a opinião dos otimistas fanáticos! Esses acertaram, inclusive, que Romário entraria novamente em campo. Nesse caso é “A volta de quem, pelo jeito, nunca vai”.

Quando o reaparecimento não é espontâneo, a lógica prevalece e a coisa fica meio artificial. O programa Fantástico, por exemplo, foi buscar lá no Uruguai, o cantor Belchior. Até aí, tudo bem... Mas tinha que trazer o Silvinho Ursinho Blau Blau de Brinquedo? Se o Beto Barbosa ressurgir, vou começar a acreditar num complô da Globo para nos deixar no limite.

Na política, já passamos do limite. Sarney parece imortal. Aliás, quem teve a “genial” ideia de dar esse título pra ele? Com seus poderes secretos, ele protagonizou no Senado “A volta de quem (mas por que será?, Meu Deus, me responda) não foi”. E assim descobrimos que algumas questões não são tão irrevogáveis assim.

É por tudo isso que eu ainda tenho esperança no Fluminense. Só não tenho mais inspiração.

2 comentários:

  1. Mais 1 texto perfeito,q sintetiza bem essa nova onda da "Volta dos q ñ foram"!!!!
    Acidez nas palavras sempre,fera,kkkkkkkkkkkk!

    ResponderExcluir
  2. Pô, quando li que "Fênix está na moda" eu já estava indo pegar minha fantasia de Cavaleiros do Zodíaco no armário...
    Mandou bem no texto, chefe!

    ResponderExcluir